quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo!

Estou tentando aprender que a vida não tem começo nem fim, ela é uma eterna continuidade.

Porém eu gosto da idéia de recomeçar, pensar que tenho uma nova chance de fazer melhor, construir coisas novas. Por mais que eu saiba que dia 1 de janeiro é só uma data, que a vida está no seu fluxo contínuo e perfeito, quero desejar a todos um novo recomeço, vamos construir um 2010 mais feliz, com mais amor e compreensão, que possamos fazer algo útil desta linda oportunidade que é VIVER!!!



"Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre." (Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cesárea em hospitais particulares de SP supera 80%

No primeiro trimestre de 2009, as cinco mais conceituadas maternidades particulares de São Paulo tiveram taxas de cesárea superiores a 80%. A taxa máxima recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 15%. Os números são do SINASC – Sistema de Informações de Nascidos Vivos e estão disponíveis no site da Prefeitura. Com 2 474 partos realizados no período, sendo 176 normais (taxa de cesárea igual a 92,89%), a maternidade Santa Joana é a recordista de cesáreas entre as maternidades mais conceituadas de São Paulo. É também o hospital particular que realizou o maior número de partos da cidade. A Pro Matre, pertencente ao mesmo grupo, tem a segunda maior taxa de cesárea (89,50%) e ocupa o segundo lugar em quantidade de partos (total de 1667, sendo 173 normais). A seguir, estão o Santa Catarina (taxa de cesárea de 88,85%), o São Luiz – unidade Itaim (87,37%) e o Albert Einstein (80,80%).





Fonte: Parto com Prazer

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Entrando em contato com o trauma do nascimento

Passei por um momento muito intenso da minha vida dias atrás, tão profundo, que não sei se vou conseguir reproduzir em palavras. Mas pensando que muitas outras gestantes podem passar por algo parecido, quero muito compartilhar.
Fiquei durante o meu oitavo mês de gestação com muuuitas dores na nuca, eram tão fortes que tomava tylenol de 6 em 6 horas, e mesmo assim a dor não dava trégua, fiz acupuntura, massagens, tomei remédio homeopático, fiz compressa quente, e nada resolvia, tinha momentos que eu me desesperava pensando que a dor nunca mais iria embora, que atrapalharia o meu trabalho de parto, e que ia dar tudo errado.

Além da dor, um sentimento de melancolia me envolvia, e eu não conseguia identificá-lo, chorava e me sentia sozinha mesmo próxima dos meus familiares mais queridos.
Assim as semanas foram passando, e na ultima semana do oitavo mês, mais precisamente com 36 semanas de gestação, eu li um texto que me levou a conversar com minha mãe sobre como ela se sentiu no dia do meu nascimento, este texto dizia que a gestante no final da gravidez, ou no trabalho de parto, pode retroceder, e entrar em contato com os sentimentos inconscientes que a envolveram no momento de seu nascimento.

Pois bem, minha mãe relatou que no dia do meu nascimento se sentiu muito triste, teve que ficar em uma sala de pré-parto durante uma noite inteira, sem a companhia do meu pai, ou de algum ente querido, se sentiu abandonada, angustiada, rejeitada, solitária, magoada com meu pai, que não ficou no hospital durante aquela noite, pois tinha que ajudar a cuidar do meu irmão, voltando ao hospital só no dia seguinte de manhã, ainda antes do meu nascimento.

Cada sentimento que ela descreveu que sentiu naquela noite, era exatamente o que eu estava sentindo, aparentemente sem motivo algum, chorei muito, como não chorava a muuuito tempo, minha dor na nuca naquele momento estava extremante forte, não conseguia conversar, só ouvia aquela história, e chorava sem parar, quanta tristeza!

Mas apesar do relato triste, ela foi me dizendo que aquele bebê não estava sozinho, que meu pai não tinha culpa por não estar lá naquela noite, que eu fui amada e querida por eles, dizia pra eu me libertar daquele sentimento, que hoje o momento era outro, e que eu não estava sozinha.

A conversa não foi muito longa, e depois de muitas lagrimas, e dor na nuca, resolvi ir dormir, não sei o que aconteceu naquela noite, mas algo mudou. Acordei na manhã seguinte para ir para trabalho estranhamente aliviada, tomei algumas gotas de dipirona, e nunca mais senti a tal dor na nuca.

Olhei para o meu pai naquela manhã com carinho, como se eu realmente tivesse compreendido que ele fez o melhor que sabia, que não me deixou sozinha, e que inclusive, por sabedoria da vida, estava naquele momento do meu lado, me servindo sem pedir nada em troca.



“Para mudar o mundo, é preciso mudar a forma de nascer.” Michel Odent, 1981.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Medo

Trocando alguns e-mails com minha obstetra, Dra Catia, falei sobre o medo que sinto quando me contam histórias trágicas de partos normais que deram errado, e da própria falta de segurança que as vezes tenho quando penso no dia do parto, ela com toda sua sensibilidade, além de me tranqüilizar, tocou meu espírito com uma poesia linda do filósofo Rudolf Steiner, que eu não poderia deixar de postar aqui:


Forjando a armadura

"Nego-me a submeter-me ao medo

Que me tira a alegria de minha liberdade

Que não me deixa arriscar nada

Que me torna pequeno e mesquinho

Que me amarra

Que não me deixa ser direto e franco

Que me persegue, que ocupa negativamente minha imaginação

Que sempre pinta visões sombrias

No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo

Eu quero viver, e não quero encerrar-me

Não quero ser amigável por medo de ser sincero

Quero pisar firme porque estou seguro e não para encobrir meu medo

E quando me calo, quero fazê-lo por amor

E não por temer as conseqüências de minhas palavras

Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar

Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto

Não quero dobrar-me, só porque tenho medo de não ser amável

Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim

Por medo de errar, não quero tornar-me inativo

Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, só pelo medo de não me sentir seguro no novo

Não quero fazer-me de importante por temer que, do contrário, seria ignorado

Por convicção e amor, quero fazer o que faço

E deixar de fazer o que deixo de fazer

Do medo, quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor

E quero crer no reino que existe em mim"

Rudolf Steiner

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Depressão Pós Parto

Agora que estou com 34 semanas, comecei a me preocupar com a depressão pós parto, pois as vezes me vejo apegada a este “status da gravidez”, afinal é um momento maravilhoso de nossas vidas, o bebê mexendo, os preparativos, os paparicos do marido e da família, os sorrisos e atenção até de pessoas desconhecidas quando estou na rua, no ônibus...


Tudo isso faz com que eu me sinta especial, não querendo perder esta fase tão encantadora.

Sei que não devo me apegar a uma única fase da vida, que pra ser feliz temos que deixar a vida seguir seu fluxo, sem apegos, sendo livre. É isso que estou tentado construir em mim.


Para saber mais a respeito fui pesquisar com minha psicóloga, minha obstetra, e em artigos. Aprendi bastante, e mesmo sem saber o que vai acontecer comigo, já estou um pouco mais preparada.


Para ajudar outras gravidinhas vai um pequeno texto sobre isso:



Baby Blues X Depressão Pós Parto


Logo após o nascimento do bebê pode ocorrer o baby blues, ou melancolia do pós-parto.

Surge, na maioria das vezes, até o quarto dia do nascimento, a explicação para o surgimento do baby blues é totalmente física, a baixa súbita dos hormônios da gravidez, geram esses sentimentos de vazio, falta de animo, lapsos curtos de memória, fadiga, ansiedade, inquietação, impaciência, irritabilidade, tristeza e choro sem nenhum motivo aparente, na maioria dos casos são sintomas leves, parecidos com uma TPM, que podem durar até 15 dias, e não precisam de nenhuma medicação.

O apoio e participação da família são fundamentais nessa hora, para que esse estado de angustia não se transforme em algo mais sério.

O baby blues é diferente da depressão pós-parto, não é uma doença, porém se muito intenso e longo demais pode ocasionar adiante uma depressão pós-parto.

A Depressão Pós-Parto (DPP) é um quadro clínico severo e agudo, esta associada a fatores hormonais e emocionais, sua duração pode ser de algumas semanas, podendo chegar a dois anos, há de se considerar o uso de medicação.

Uma gestante que não se preparou para os desafios do pós parto por exemplo, corre um risco maior de ter depressão, mulheres com histórico de transtornos afetivos, que sofrem de TPM intensa, que passaram por problemas de infertilidade, que sofreram dificuldades na gestação, mulheres submetidas à cesariana, vítimas de carência social, mães solteiras, mulheres que perderam pessoas importantes, que perderam um filho anterior, cujo bebê apresenta anomalias, que vivem em desarmonia conjugal, que se casaram em decorrência da gravidez, também. Porém mulheres com boa organização psíquica também podem se ver frente a esta situação.

Os sintomas da DPP são, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, indisposição, doenças psicossomáticas, tristeza profunda, desinteresse pelas atividades do dia-a-dia, sensação de incapacidade de cuidar do bebê e desinteresse por ele, choro incontrolável, insônia, chegando ao extremo de pensamento suicidas e homicidas em relação ao bebê. O diagnóstico precoce é fundamental e para isso é necessário um acompanhamento em todo ciclo gravídico-puerperal, sendo a melhor forma de evitar, atenuar ou reduzir a duração da DPP.


Mamães, fiquem atentas aos sintomas da DPP e do Baby Blues, e não deixem de pedir ajuda!


Fonte: Marcio Candiani , Portal de Ginecologia , bebe net , bebe 2000

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mitos sobre o parto

Esses dias uma moça justificou para mim, que teve seu filho de cesárea porque o cordão estava enrolado no pescoço do bebê. Esses e muitos outros mitos são justificados diariamente por mulheres que fizeram cesárea.
Então resolvi postar aqui uma tabela com os mitos e fatos feito pela enfermeira obstetra Ana Cristina no site Parto do Principio.
Espero que ajude.

Mito: Falta de dilatação
Explicação: Muitas mulheres hoje em dia dizem que não conseguiram ter um parto porque tiveram falta de dilatação.
Fato: Tecnicamente não existe falta de dilatação em mulheres normais. Ela só não acontece quando o médico não espera o tempo suficiente. A dilatação do colo do útero é um processo passivo que só acontece com as contrações uterinas.

Mito: Bacia Estreita
Explicação: Uma mulher com bacia estreita não teria espaço para a passagem do bebê
Fato: Existem situações não muito comuns em que um bebê é grande demais para a bacia da mulher, ou então está numa posição que não permite seu encaixe. Não mais que 5% dos partos estariam sujeitos a essa condição. Além disso, tecnicamente é impossível saber se o bebê não vai passar enquanto o trabalho de parto não acontecer, a dilatação chegar ao máximo e o bebê não se encaixar.

Mito: Parto Seco
Explicação: Um parto depois que a bolsa rompeu seria uma tortura de tão doloroso.
Fato: A verdade é que depois que a bolsa rompe o líquido amniótico continua a ser produzido, e a cabeça do bebê faz um efeito de "fechar" a saída, de modo que o líquido continua se acumulando no útero. Além disso o colo do útero produz muco continuamente que serve como um lubrificante natural para o parto.

Mito: Parto Demorado
Explicação: Um bebê estaria correndo riscos porque o parto foi/está sendo demorado.
Fato: Na verdade o parto nunca é rápido demais ou demorado demais enquanto mãe e bebê estiverem bem, com boas condições vitais, o que é verificado durante o trabalho de parto. Um parto pode demorar 1 hora como pode demorar 3 dias, o mais importante é um bom atendimento por parte da equipe de saúde. O que dá à equipe as pistas sobre o bebê são os batimentos cardíacos. Enquanto eles estiverem num padrão tranquilizador, então o parto está no tempo certo para aquela mulher.

Mito: Bebê passou da hora
Explicação: O bebê teria como uma "data de validade" após a qual ele ficaria doente
Fato: Os bebês costumam nascer com idades gestacionais entre 37 e 42 semanas. Mesmo depois das 42 semanas, se forem feitos todos os exames que comprovem o bem estar fetal, não há motivos para preocupação. O importante é o bom pré-natal. Caso os exames apontem para uma diminuição da vitalidade, a indução do parto pode ser uma ótima alternativa.

Mito: Cordão Enrolado
Explicação: A explicação é de que o bebê iria se enforcar no cordão umbilical
Fato: O cordão umbilical é preenchido por uma gelatina elástica, que dá a ele a capacidade de se adaptar a diferentes formas. O oxigênio vem para o bebê através do cordão direto para a corrente sanguínea. Assim, o bebê não pode sufocar.

Mito: Não entrou/não teve trabalho de parto
Explicação: A idéia aqui é de que a mulher em questão tem uma falha que a impede de entrar em trabalho de parto
Fato: A verdade é que toda mulher entra em trabalho de parto, mais cedo ou mais tarde. Ela só não vai entrar em trabalho de parto se a operarem antes disso.

Mito: Não tem dilatação no final da gravidez
Explicação: A explicação é que o médico fez exame de toque com 38/39 semanas e diz que a mulher não vai ter parto porque não tem dilatação nenhuma no final da gravidez.
Fato: Tecnicamente uma mulher pode chegar a 42 semanas sem qualquer sinal, sem dilatação, sem contrações fortes, sem perder o tampão e de uma hora para outra entrar em trabalho de parto e dilatar tudo o que é necessário. É impossível predizer como vai ser o parto por exames de toque durante a gravidez.

Mito: Placenta envelhecida
Explicação: A placenta ficaria tão envelhecida que não funcionaria mais e colocaria em risco a vida do bebê
Fato: O exame de ultra-som não consegue avaliar exatamente a qualidade da placenta. A qualidade da placenta isoladamente não tem qualquer significado. Ela só tem significado em conjunto com outros diagnósticos, como a ausência de crescimento do bebê, por exemplo. A maioria das mulheres têm um "envelhecimento" normal e saudável de sua placenta no final da gravidez. Só será considerado anormal uma placenta com envelhecimento precoce, por exemplo, com 30 semanas de gravidez.


Ana Cristina Duarte
Doula, Educadora Perinatal, Graduada em Obstetrícia pela USP Leste

domingo, 15 de novembro de 2009

Carta ao meu Filho

Pedro, estou com você em meu ventre há quase 8 meses, desde que você chegou passamos muitas coisas juntos, esta sendo uma aventura!
Você me trouxe muitos estímulos, no mês que te concebemos superei muitas dificuldades, medos de encarar minhas infantilidades, de aceitar que a vida segue um fluxo que não tenho como controlar.
Foi muito importante todos os momentos que vivi naquele mês de abril.

Acredito que tenha sido você, com sua energia e desejo de melhoria que me ajudou a transpor as barreiras dos meus sentimentos vacilantes.
Ainda tenho muito que melhorar, e sei que devo isso a você, me comprometi a me educar, para poder te educar.
Quero te dizer que já estou aprendendo a te amar, que mesmo com minhas limitações, tenho feito o meu melhor para te receber.
Esta chegando o dia que vamos nos reencontrar, vou poder olhar em seus olhos e sentir o calor do seu corpinho junto ao meu. Apesar dos medos que me envolvem quando penso no dia do seu nascimento, sinto também uma enorme alegria, eu e seu pai estamos ansiosos.
Querido filho, conte comigo, desejo te amar incondicionalmente, e para isso, quero conhecer o espírito que você é.
Vamos juntos compartilhar experiências e amadurecer.
Um beijo carinhoso e muitas vibrações do amor que eu já construí.

Mamãe!

sábado, 14 de novembro de 2009

Projeto de Parto Humanizado

Projeto de Humanização do Parto e Nascimento desenvolvido no ISEA (Instituto de Saúde Elpídio de Almeida), em Campina Grande, Paraíba, sob a coordenação da Drª Melania Amorim














Fonte: Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras

Cuidados com o bebê

Estou entrando no oitavo mês, agora além de buscar informações sobre o parto, estou pesquisando também sobre os cuidados que devo ter com meu bebê. Por isso comecei ler alguns livros muito interessantes, um deles acho que vale muito a pena postar aqui, 50 Maneiras de criar um BEBÊ SEM FRESCURA. Gostei muito deste livro, porque além das dicas maravilhosas que a autora dá, começo a descobrir a postura que quero ter quando meu filho nascer. Observo alguns pais e fico chocada o quanto as pessoas ficam neuróticas quando o bebê nasce, ninguém pode segurar, todas as coisinhas do bebê devem ser desinfetadas todos os dias, os pais ficam enclausurados em casa durante meses, o bebê não pode ir ao chão, ter contato com animais domésticos, muitas vezes nem tomar banho em dias frios. Todos estes temas e muitos outros são desmistificados pelo livro.


Desejo ser uma mãe que ensine o meu filho a olhar a vida como uma aventura, sem tantos medos e neuroses, para que ele seja confiante e tenha entusiasmo em descobrir o mundo!


Leia abaixo a Resenha do livro:



“Toda criança adora rolar na areia da praia, se lambuzar de tinta, abraçar o cachorro, deitar no chão... Proibir essas atitudes seria frescura dos pais? E o risco de a criança ficar doente? A autora Jenny Rosén consultou especialistas de várias áreas e reuniu neste livro 50 dicas para criar um bebê sem frescura, mas sem abrir mão dos cuidados básicos para garantir uma infância saudável e feliz.”

“É preciso deixar a vida infantil livre e não encerrá-lo no tédio. Deixe a criança correr, fazer barulho, brincar, dormir quando quiser. Respeite seu direito de experimentar a própria vida e conquistar o mundo, da sua maneira.” Janusz Korczak (1878-1942)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

É possivel parto normal após cesárea.


Eu ainda estou na minha primeira gestação, e como pretendo ter parto normal, não deveria me preocupar tanto com este tema, mas a questão é que tenho ouvido muitas mulheres justificarem que não fizeram parto normal do segundo, terceiro, ou quarto filho, por já terem feito cesárea. Fiquei intrigada e fui pesquisar sobre o assunto, primeiro perguntando para uma profissional, que me garantiu que uma cesárea não é indicativo para outra. Depois disso pesquisei artigos, e concluí que isto realmente é mais um tabu do que verdadeiramente um risco. O risco existe, pode sim acontecer uma ruptura do útero, a chances são de 0,5%, é uma porcentagem tão pequena que não deveria ser uma imposição médica não poder fazer parto normal. Os únicos cuidados que se deve ter com uma PNAC (parto normal após cesárea, ou VBAC, em inglês) são evitar o uso dos indutores e aceleradores de parto prostaglandina e misoprostol (citotec), que aumentam muito a força das contrações e portanto fazem aumentar o risco de ruptura. A ocitocina também deve ser evitada pois, embora seja menos prejudicial que os dois primeiros medicamentos, também aumenta a força das contrações uterinas.

Dou a dica para as mulheres que já fizeram cesárea, e agora desejam ter um parto normal, procurem relatos de partos na web, tem muuuitas
histórias lindas de PNAC, além disso, procurem a opinião de mais de um médico, de preferência os que gostam de fazer parto normal.


Fonte: Amigas do Parto, Parir é nascer, Colorida Vida, www.comciencia.br


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Hidroginástica para Gestantes


Para as gestantes que estão sentindo dor nas costas, vai uma dica, Hidroginástica.

Comecei fazer aulas com 24 semanas de gestação, e as dores que estava sentindo sumiram, tenho me sentido mais leve e diposta.

Veja abaixo algumas informações sobre os benefícios da hidroginástica durante a gestação:

A hidroginástica vem ganhando cada vez mais espaço dentro das academias, principalmente para as gestantes, pois traz uma série de benefícios para a mãe e para o bebê.

Os exercícios incluem alongamento e parte aeróbica, que trabalham todos os músculos do corpo, dando assim um maior condicionamento físico para a gestante, assim como o fortalecimento de músculos específicos, como os abdominais. Serão feitos também exercícios para dar um melhor equilíbrio à gestante, já que o peso está em demasia na parte frontal.

No trabalho emocional, são dados exercícios respiratórios que visam melhorar a parte circulatória, deixando a gestante mais relaxada, menos ansiosa, ajudando-a a melhorar a auto-estima , o auto-controle, aumento do bem-estar e da sensação de participação social. O contato com a água é ao mesmo tempo estimulante e relaxante. A gestante que pratica a hidroginástica tem um sono mais profundo durante a noite, diminuição do risco de diabetes, do ganho de peso, das complicações obstétricas, do risco de parto prematuro, da ansiedade , do estresse, e controle postural. Com tudo isso, o bebê estará sendo favorecido e apresentará um desenvolvimento sadio dentro do útero.

Em geral, as gestantes estão liberadas para a hidroginástica após o terceiro mês de gestação, mas é importante ressaltar, que para iniciar essa modalidade, é preciso de uma autorização do obstetra, o que toda academia ou profissional da área deve exigir. A gestante poderá praticar a hidroginástica durante toda a sua gestação, salvo se a recomendação médica a impedir, como é o caso de gravidez de risco. Poderá também, após o resguardo, voltar a praticá-la, iniciando de modo suave e aumentando gradativamente os exercícios, para que volte rapidamente ao peso e forma que tinha antes da gravidez.


Segundo estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), hidroginástica durante a gestação aumenta a quantidade de líquido amniótico:

Participaram do estudo 25 gestantes sadias, com idade entre 19 e 36 anos, no Hospital das Clínicas de Campinas. Foram excluídas do estudo mulheres com antecedentes de duas ou mais cesáreas, gravidez de risco ou em condições de contra-indicação para a prática de atividade física, como hipertensão arterial e história de abortos de repetição.

Segundo o professor José Guilherme Cecatti, orientador do estudo, as gestantes foram submetidas a aulas de hidroginástica três vezes por semana. O volume de líquido amniótico era medido antes e depois de uma aula com duração de 50 minutos.

Entre as mulheres analisadas, nenhuma teve parto prematuro e nenhum bebê nasceu com baixo peso. Além disso, todas as mães conseguiram manter o ganho de peso considerado ideal durante a gravidez.

Existem outros estudos mostrando que as gestantes que realizam atividades físicas na água são mais preparadas para suportar a dor durante o trabalho de parto em comparação com aquelas que não praticam este tipo de atividade física. Além disso, as que fizeram hidroginástica reduziram os desconfortos lombares do final da gravidez.

A produção e a absorção do líquido amniótico dependem de uma série de mecanismos interdependentes entre o feto, a placenta, as membranas e o organismo materno. Entre as suas principais funções, destacam-se o crescimento externo simétrico do embrião, barreira contra infecções, proteção do embrião contra traumatismos sofridos pela mãe, auxílio no controle da temperatura corporal do feto. Também permite que o feto se mova livremente, contribuindo para o seu desenvolvimento muscular.

Fonte: Guia do bebê , Sentir Bem

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pensando sobre o Parto

Hoje vi dois vídeos sobre parto que acho que vale a pena postar aqui. Estou com 28 semanas de gestação, e a cada dia a realidade do nascimento do Pedro esta mais próxima.
Fico preocupada se vou conseguir ter o parto que tanto desejo, tenho medo da dor, dele não encaixar e tantas outras coisinhas que toda grávida se preocupa. Mas quando assisto vídeos assim, me convenço que não posso desistir do parto humanizado, seja ele um parto natural, ou uma cesárea necessária, este é o melhor caminho para meu filho chegar a este mundo.



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Filme: Le Premier Cri (O Primeiro Grito)

Encontrei no blog da Zazou o trailer de um filme que parece ser maravilhoso, Le Premier Cri, é um documentário sobre o nascimento, explorando como as mulheres lidam com o parto em diferentes culturas.
O Filme é Francês, e infelizmente ainda não chegou no Brasil.


"Esse filme mostra a realidade de algumas mulheres que, espalhadas pelos cinco continentes da terra, deram à luz no dia em que ocorreu um eclipse, justamente no dia 23/03/2006. Para todas elas, desde a indiazinha que vive no coração da Amazônia até a nômade “touareg” que vive no meio do nada, no deserto da Nigéria, passando, ainda, pela Índia, Estados Unidos, Japão e Europa (o foco foi a mãe francesa), o bebê se apresenta com uma linguagem única: o primeiro choro.

No sentido mais amplo, visto sob a ótica da antropologia, elas agem e comportam-se segundo costumes, tradições e cultura de seu povo, do seu habitat. Umas vivem em absoluto estado de pobreza ou em lugares inóspitos (na neve da Sibéria) e, outras, com mais recursos, decorrentes do desenvolvimento dos países onde vivem. E, mesmo assim, em que pese todas essas diferenças, elas têm em comum o momento que antecede o nascimento, sentem que o bebê está a caminho. Em todas elas a lei da natureza exerce toda a sua supremacia, que é instante de tornarem-se mães, de colocar um filho no mundo.

Mostra entre tantas grávidas a história de Vanessa, que é uma quebense que vive nos Estados Unidos numa comunidade ativista. Ela teve seus dois filhos (hoje Fenék tem 2 anos e LouLou 9 meses) dentro de casa, contando apenas com a ajuda do Mike (o pai). Pois então, o filme documenta a Vanessa durante o fim da gestação e o nascimento de Fenék."

Fonte: Blog Zazou



O Site Oficial do filme é www2.disney.fr/FilmsDisney/lepremiercri/





Como escolher seu PARTO

Achei essa reportagem na veja.com, não é muito profunda, mas mostra um parto natural no hospital, e o mais legal é que a doula Cristina Balzano da reportagem, é a que eu contratei para me acompanhar no parto do Pedro.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nós somos os exemplos

Sempre me preocupei com minha postura diante da vida, pensando que aquilo que sou, é aquilo vou dar.


Hoje vi um vídeo que fez com que eu refletisse muito sobre o que é educar.


Quando viramos pais, resolvemos que vamos dar comidas saudáveis, não vamos dar açúcar, refrigerantes, nos preocupamos em preparar o enxoval, em como cuidar de bebês, como fazê-los dormir, qual é a melhor escola, etc...


Mas isso é educar ou cuidar?

Será que não está na hora de pararmos pra refletir sobre o que construímos em nossas próprias personalidades? Qual a herança moral que vamos deixar para o mundo?

Esse deveria ser o principal objetivo de sermos pais, e educadores, desde o momento que decidimos que vamos ter filhos, já deveríamos observar nossa postura diante da vida. O que eu tenho de bom para ensinar? O que eu preciso aprender, para poder exemplificar ? Será que sou tolerante o suficiente, otimista, idealista, honesto? Será que aceito o outro como ele é? Será que sei amar? Eu me conheço o suficiente, para ensinar alguém a se conhecer? Sou sensível à vida, ou vivo em uma ilha particular?


Isso seria Educar!


Olhar para o ser na infância, é olhar para o futuro, e nós adultos somos os responsáveis por esse futuro.

Então me pergunto, o que estamos fazendo para o futuro ser melhor?


Vamos refletir?




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Contrações de Braxton-Hicks

Venho sentindo a umas duas semanas uma sensação estranha na barriga, ela endurece, as vezes chegando a ficar torta por uns 30 segundos, depois volta ao normal.
Fui pesquisar e desobri que isso, são contrações de Braxton Hicks.
Para as marinheiras de primeira viagem como eu, vai um texto explicativo do que são essas contrações:

Lá pela metade de sua gravidez, às vezes até antes, você pode notar que os músculos do seu útero deixam sua barriga dura, o que dura de 30 a 60 segundos. Nem todas as mulheres sentem essas contrações, que surgem aleatoriamente e costumam ser indolores. Elas recebem o nome de contrações de treinamento, contrações "falsas" ou contrações de Braxton-Hicks, em homenagem ao médico inglês John Braxton Hicks, que as descreveu pela primeira vez em 1872.

Os especialistas acreditam que elas sejam uma espécie de treino do corpo para o trabalho de parto, e que colaborem para o processo de "apagamento" do colo do útero (que vai ficando mais fino) e para a dilatação.

Como vou saber a diferença entre as contrações de treinamento e as contrações de verdade?
A maioria das grávidas de primeira viagem faz essa pergunta, e a resposta mais adequada, a que recebem dos médicos e de quem já passou por isso, chega a dar raiva: "Você vai saber quando for trabalho de parto de verdade". Mas eles estão certos. As contrações verdadeiras são bem mais longas, além de mais regulares, mais frequentes e mais doídas que as de treinamento. A dor do parto também vai aumentando em frequência, duração e intensidade com o tempo, enquanto as "falsas contrações" são imprevisíveis, e não chegam a pegar ritmo. Ou seja: o ritmo é o mais importante, preste atenção nele.

E se as contrações de Braxton Hicks começarem a doer?
À medida que sua gravidez avança, esse tipo de contração pode ficar mais intensa, e é possível que doa. Quando elas começarem a ficar mais fortes e frequentes, você pode até achar que o trabalho de parto começou para valer, mas o tempo passa e elas continuam irregulares em termos de intensidade, frequência e duração -- e podem até desaparecer completamente, levando você à loucura. São os chamados alarmes falsos. Se você sentir que suas contrações estão diminuindo ou se espaçando, provavelmente elas não passaram de contrações de Braxton Hicks (ou falso trabalho de parto).
Uma sugestão é usar as contrações de treinamento para praticar técnicas de respiração que vão ajudá-la no parto vaginal.

O que eu devo fazer se elas ficarem doloridas?
Muitas mulheres acabam notando que as contrações vêm com mais frequência quando elas fazem alguma atividade física, mesmo que seja tirar as compras do carro. Outras percebem que a bexiga cheia demais deflagra contrações de treinamento. Se você se sentir desconfortável, faça xixi, em primeiro lugar, e depois ou se deite ou dê uma caminhada, o que funcionar melhor para você. Um banho morno às vezes também é benéfico. Tomar um copo d'água pode ajudar a reduzir a frequência das contrações de Braxton Hicks, pois especialistas acreditam que elas podem ser incentivadas pela desidratação. Em geral, a falta de líquido torna seu útero mais sensível e irritável -- outro bom motivo para beber muito líquido durante a gravidez.

Quando devo ligar para o médico?
Telefone para o médico ou procure orientações se suas contrações forem acompanhadas de secreção vaginal parecida com água ou com sangue. Se você não tiver completado 37 semanas, procure o médico se as contrações forem acompanhadas de dores na parte baixa das costas, se você sentir mais de três contrações em uma hora ou se elas estiverem acontecendo em intervalos regulares -- são sinais de trabalho de parto prematuro. Se você já está com mais de 37 semanas, só precisa ligar para o médico quando suas contrações durarem cerca de 60 segundos cada uma e acontecerem a um intervalo de cinco em cinco minutos -- exceto se você tiver um histórico de parto rápido ou se morar muito longe do hospital. Nesses casos, é melhor procurar orientação se as contrações estiverem regulares, independentemente do intervalo.
Fonte: http://brasil.babycenter.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

5 perguntinhas básicas para verificar se o seu obstetra tá mesmo no pique de fazer um parto normal:



Por Ana Cristina Duarte, consultoria, Jorge Kuhn, médico obstetra


1) Doutor, quais as chances de eu ter um parto normal?

Resposta certa: 90%, pelo menos;

Resposta errada: ainda não dá pra saber, depende de como o parto vai caminhando, porque se der algum problema, não posso deixar você e seu filho morrerem, a gente só sabe na hora mesmo...


2) Doutor, quanto tempo dá pra esperar depois da bolsa romper?

Resposta certa: até 96 horas (4 dias), de acordo com o protocolo inglês, ou até 24 horas de acordo com os protolos mais conservadores, desde que o seu bebê esteja bem. Talvez a gente tenha que administrar um antibiótico se depois de 6 horas de bolsa rompida você não tiver entrado em trabalho de parto. E se você não entrar em trabalho de parto espontaneamente após esse prazo, a gente tem que induzir.

Resposta errada: 4 horas, 6 horas no máximo, senão o bebê pode pegar uma infecção mortal!!! E nem adianta induzir. Não nasceu em 6 horas, não nasce mais, pode fazer cesárea!


3) Doutor, a anestesia não dá problema no parto?

Resposta certa: ela pode atrasar um pouco o parto e aumentar a chance do uso de fórceps. Eu prefiro que a gente deixe a decisão para o mais tarde possível. E se o parto puder ser sem anestesia, melhor ainda!

Resposta errada: não! Hoje em dia a anestesia é super segura, feita bem embaixo para você poder ter todas as sensações, mas não sentir a dor. Eu mesmo só faço parto normal com anestesia, porque não gosto de ver paciente minha sofrendo...


4) Doutor, e se passar de 40 semanas?

Resposta certa: a gente vai esperando e monitorando o bem-estar do bebê, pois nunca aconteceu de um bebê ficar na barriga até a infância. Uma hora tem que nascer. Se a gente vê que lá dentro não está tão seguro, então a gente induz (estimula as contrações uterinas). Mas isso dificilmente acontece antes de entrar na 42ª semana.

Resposta errada: a gente induz quando completar 40 semanas, porque depois disso o bebê pode morrer dentro da sua barriga... ou pior... bom, senão entrou em trabalho de parto até 40 semanas, é porque não vai mais entrar. Tem que ser por cesárea mesmo.


5) Doutor, a cesárea é arriscada?

Resposta certa: veja bem, a cesárea é uma cirurgia e tem os riscos de uma cirurgia. O parto vaginal não corta seu abdômen, não há grandes perdas sangüíneas, é um processo fisiológico e de rápida recuperação. A cesárea é uma cirurgia cada vez mais segura, mas ainda assim traz 4 vezes maior taxa de mortalidade do que um parto normal.

Resposta errada: não, hoje em dia a cesárea está superdesenvolvida e quando acontece alguma coisa é muito simples corrigir. E geralmente essas histórias que a gente ouve de cesáreas que deram problema, foi por imperícia de alguém. Eu mesmo nunca tive um problema mais sério fazendo cesárea. Mesmo as hemorragias, choques e convulsões foram resolvidos com alguns procedimentos.



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